Nossa história

COMO TUDO COMEÇOU

A primeira penetração no território do atual Município de Macajuba foi feita pelo Capitão-mor Antonio Gonçalves Chaves, que conquistou as terras aos indígenas de uma ramificação Tupi, segundo escrituras do ano de 1776 por ele passada. Logo depois expulsou os silvícolas da região.
No ano de 1785, já se verificava a existência de grandes fazendas no território, sendo principal a propriedade “São José” de Luís José Alves, em cujos terrenos veio a surgir à povoação.
Entre os anos de 1870, tem-se a notícia de que Bernardino Ribeiro, Francisco Xavier de Almeida, Prudêncio Vieira de Aguiar e Antonio Pinto Macedo foram os primeiros moradores da fazenda.
“São José” devendo-se a eles as instalações iniciais da povoação com o nome de “Lajedo”. Eram eles originários da Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira, da Vida de Santana do Camisão e do povoado de Baixa Grande.
É tradição oral que o nome primitivo da povoação estava ligado à existência dos lajedos até hoje ali existente.
Edificada a capela de Santa Luzia, passou o aglomerado a chamar-se Santa Luzia do Lajedo, nome alusivo à padroeira do núcleo e às suas características geográficas.
Por feito da Lei Estadual número 640, de 12 de maio de 1906, sancionada pelo Governo de José Marcelino de Souza, foi transferida a sede do Município de Baixa Grande para povoação de Santa Luzia do Lajedo, dando-se a extinção daquele Município e criando-se com o seu território e sede na povoação acima referida o distrito, a vila e o Município de Capivari, cuja instalação ocorreu a 2 de julho de 1906.
A Lei Estadual nº 806,de 22 de julho de 1910,restaurou-se o Município de Baixa Grande, desanexando-o do Capivari com novos limites. Na divisão administrativa do Brasil, referente a 1911, Capivari a parece formado de 2 distritos.
ONDE FICA?
O município de Macajuba localiza-se na zona fisiográfica de encosta da Chapada Diamantina e está incluído no Polígono  das secas. A latidude é de334 m.
Macajuba limita-se ao norte com Mundo Novo e Baixa Grande, ao oeste com Mundo Novo e Ruy Barbosa, ao sul com Ruy Barbosa e Ipirá e ao leste com Ipirá e Baixa Grande.
O Município ocupa um território com uma área de 713 km²  possui três povoados: Nova Cruz,Santa Luzia e Malhada Nova.
Conforme o recenseamento do ano de 2007 tem 11.207 habitantes.
O nome Macajuba deriva da mais importante serra existente ao Oeste do município, cujo nome está ligado à palmeira “Macajuba” que era comum na região. Macajuba ou Macaúba, conforme a Enciclopédia Delta Larousse, é o nome de duas palmeiras de sub-família das cocosóideas, também conhecidas por bocaiúvas, macaíba, macajúba, macajá etc.
No município de Macajuba foram abertas novas estradas em 1953 para Ruy Barbosa, 1159 para Baixa Grande, 1974 estrada de cascalho para Nova Cruz e 1975 de Nova Cruz até Angelim. Em 1976 de Macajuba a Caldeirão do Morro com a ponte sobre o rio Capivary. E em 1988 uma nova ponte sobre o rio Paulista, na fazenda Queimadinha, ligando assim melhor a região de Nova Cruz com a de Santa Luzia e ultimamente com o projeto do povoado de Malhada Nova.
ANÁLISE ECONÔMICA
A principal atividade econômica do município de Macajuba é a agropecuária, sendo esta muito castigada no período da estiagem, já que a seca impede o cultivo dos produtos agrícolas e provoca a morte do gado.
E, além disso, o lençol freático que passa na região é salino e por isso o subsolo não pode ser utilizado como um meio alternativo para o abastecimento de água.
Banham o município os rios Capivari, Jundiá, Genipapo, Riacho da Vitória e Paulista, sendo o primeiro destes afluente do Rio Paraguaçu. No Rio Capivari, na divisa cm o município de Ruy Barbosa, encontra-se a queda d’água Mulungu, temporária, e na Serra de Macajuba é encontrada uma outra.
O município abrange zonas de mata, de tabuleiros e partes de caatingas, com terras planas entrecortadas de pequenos riachos intermitentes.
Os principais produtos agrícolas são mamona, feijão, mandioca, laranja e milho.
As principais espécies de gado são bovinos, ovinos e suínos.
Antigamente a caça era abundante nas serras de Macajuba. Hoje em dia, por falta de grandes trovoadas e duração de períodos de seca, quase que não se acha mais caça. Nos tabuleiros dos morros do Nova Cruz as Leste, entrando mas caatingas, se achava caetitu, tatu, tamanduá, ema, jacu, perdiz, cordoniz, zabelê…
ASPECTOS NATURAIS
O clima do município é semi-árido, apresentando temperaturas elevadas, geralmente superiores a 23º C. As chuvas são escassas e irregulares, inferiores a1.000 mm, sendo que o mês menos chuvoso (setembro),apresenta índice pluviométrico de15 mm.
A atuação de massas de ar no município é irregular, sendo que raramente ocorre a penetração da mEc(massa equatorial continental) e da mTa(massa tropical atlântica), já que o relevo constitui um obstáculo à penetração dessas massas no sertão nordestino.
Plano solo Solódico Estrófico – são moderadamente e rasos, imperfeitamente drenados, baixa permeabilidade e susceptíveis à erosão
Ocorrem em condições de clima semi-árido segundo a classificação de Thornthwaite, com cobertura vegetal de caatinga arbórea e arbustiva.
A drenagem imperfeita e elevada saturação com sódio e a susceptibilidade à erosão, representam sérias limitações quanto ao uso agrícola, requerendo para seu aproveitamento uma série de medidas e práticas conservacionistas complexa, sendo mais indicado para pastagem.
Podzólico Vermelho Amarelo – nesse solo o relevo varia de suave ondulado o forte ondulado.
As condições climáticas são variadas, desde o clima subsumido ao semi-árido, segundo a classificação de Thornthwaite.
Quanto às propriedades químicas, os horizontes superficiais apresentam fertilidade baixa, reação fortemente ácida a moderadamente ácida.
A utilização desses solos é limitada devido à sua baixa fertilidade, acidez elevada, a presença de elementos grosseiros como pedras e cascalhos, sérios riscos de erosão principalmente nas áreas de relevo ondulado e forte ondulado. Podem ser agricultáveis, sem maiores problemas,desde que sejam adubados,corrigidos e utilizados práticas de conservação.
Solos Litólicos Eutróficos – ocorrem em condições de relevo que varia, de ondulado a forte ondulado.
As condições climáticas variam de úmido, subúmido à semi-árido da classificação de Thornthwaite.
Esses solos são limitados para agricultura, ou seja, recomendam-se que seja feito reflorestamento ou manutenção da vegetação existente, como uma forma de conservá-lo.
Encontram-se com cobertura vegetal natural, aproveitada para pecuária.
O relevo da cidade se apresenta na forma de vertentes esplanadas, maciços de morros e de oiteiros. O território municipal tem topografia ondulada, apresentando as serras de Macajuba( a qual deu o nome da cidade) e de Tanquinho, como principais. O ponto culminante é o morro de Joana.
Quanto à geologia, há presença de granitos, originados da transformação de rochas anteriores por fenômenos de metamorfismo. Verifica-se formação de capim grosso, areias, siltes, conglomerado basal, charnockitos e metatexitos. O município é pobre em riquezas mineralógicas, apresentando essencialmente pedras para construção. A província hidrogeológica do município é o Substrato Cristalino.
Fontes:
25 Anos Paróquia Santa Luzia / Padre Berando Stoettinges
O que foi possível realizar em Macajuba no período de Cinco anos e seis messe / Luiz Pamponet Sampaio
Macajuba, vote em nossa gente / Dagoberto Pamponet
IGBE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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