Trata-se de resposta a
publicação realizada no dia 03/12/2013, no blog Macajuba Informa, que critica a
atual administração por ter solicitado por 08 vezes da Câmara de Vereadores a
abertura de créditos especiais. Passamos a esclarecer o que segue.
Pode ser realmente
surpresa para o denunciante, porque o gestor anterior, ou nada buscou de
melhoria junto ao governo federal ou nada deste recebeu, a título de convênio,
razão pela qual não teve a oportunidade de conhecer e de se familiarizar com os
procedimentos de abertura de créditos especiais, para que tomasse conhecimento
da sua necessidade legal e social.
Inicialmente, afirmamos
que a necessidade de abertura de crédito especial na atual gestão decorre de um
orçamento mal elaborado na gestão anterior, que não previu qualquer
desenvolvimento ou melhoria para a nossa cidade. Pensou pequeno. Não queria que
Macajuba evoluísse ou se desenvolvesse, razão pela qual toda vez que o atual
gestor consegue recursos para serem aplicados em melhoria para a comunidade,
necessita de autorização legislativa para gastá-lo, daí decorre a necessidade
de abertura de crédito especial.
Afirmam que não há
registro de abertura de crédito especial em 2012, pois, de fato nada o gestor
anterior buscou junto aos ministérios, que pudessem melhorar as condições de
vida da comunidade. Em razão da atitude inerte do ex-gestor quanto à melhorias
para a nossa cidade, não houve qualquer recurso para ingressar para o município
e, por conseguinte, nenhuma necessidade houve de pedido de abertura de crédito
especial, razão pela qual de fato não há registros dessa natureza em 2012.
De igual modo, não há
informação concreta na nota publicada sobre quantos vereadores de fato votaram
pela aprovação da abertura de crédito especial, mas a simples verificação da
ata da Sessão Legislativa que aprovou a autorização para abertura de crédito,
informando quantos vereadores estavam presentes na Sessão e quantos votaram
contra ou a favor da aprovação do projeto é suficientemente capaz de desmentir
a informação veiculada.
Não é demais relembrar
que o quórum para aprovação de projetos tais consta expressamente do Regimento
Interno da Casa Legislativa, e dele a Câmara de Vereadores não pode se afastar,
razão pela qual desafiamos o denunciante a comprovar que projetos tais não
observaram o quórum regimental para a sua aprovação.
Podemos seguramente
afirmar que todos os projetos de lei aprovados na Casa Legislativa,
encaminhados por este gestor, observaram rigorosamente as regras constantes do
regimento interno, o que poderia ser também facilmente verificado pelo cidadão
que veiculou a nota, se este tivesse participado das Sessões Legislativas,
todas abertas ao público em geral, para que estes possam exercer plenamente a
sua cidadania.
Quanto ao voto obsoleto
da oposição. Se o denunciante assim entende é porque a oposição, até o presente
momento, não conseguiu se legitimar como verdadeiros representantes da
comunidade e a ausência de “voz” desses vereadores da oposição é realmente um
caso grave, que ingressa na seara da incompetência, mas que deve ser
solucionado pela base que eles representam, não cabendo a este gestor, nessa
situação, emitir qualquer juízo de valor.
Quanto ao poder de
cobrar e divulgar os atos que estão em desacordo com a legalidade que denominaram
de “bom senso legislativo”, esse papel não é somente dos vereadores e sim de
toda a comunidade administrada. Como a atual administração, como não tem
praticado atos dessa natureza, os vereadores da oposição se encontram “sem
muito o que fazer”.
Alega que o crédito
especial é tipo de crédito adicional, que serve para ajustar o orçamento do
executivo. Somente essa consideração já demonstra que o orçamento que o gestor
anterior encaminhou para a Câmara para ser aprovado não exprimiu a necessidade
da coletividade e, por isso mesmo, precisou ser ajustado através de abertura de
créditos especiais.
Quanto à discussão
sobre os critérios e aplicação dos recursos decorrentes de abertura e crédito
especial, bem como a transparência na sua utilização, isso é a lei que
determina e dela a atual Administração jamais se furtará.
Isto posto passamos
agora a demonstrar especificamente o porquê dos créditos especiais:
1) CRÉDITO ESPECIAL DESTINADO A
PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA:
Trata-se
de recursos provenientes de emenda parlamentar que o gestor junto ao Congresso
Nacional, através do Ministério do Turismo, objetivando a melhoria na
infraestrutura do município. Conseguiu o gestor que recursos do ministério do
Turismo fossem destinados ao município de Macajuba, entretanto, não poderá
utilizá-lo sem que, de forma antecedente, aberto crédito especial, em razão da
absoluta ausência de previsão orçamentária.
Tendo
sido aberto o crédito especial, quando os recursos forem repassados para o
município, será realizado procedimento licitatório para seleção da empresa que
realizará a obra e assim os recursos poderão ser utilizados especificamente
para pavimentação asfáltica.
Infelizmente
a gestão passada pensava pequeno e agia pequeno. Apesar de ser da base aliada
politicamente do governo federal, jamais dele conseguiu recursos para serem
aplicados na nossa cidade e assim contribuir com o desenvolvimento local. A
gestão anterior não buscava junto ao governo federal benefícios para o
município ou se buscava, dele não conseguia, apesar de ser do mesmo grupo
político.
Já
a atual gestão, busca os recursos, consegue que eles sejam destinados a
Macajuba, mesmo sendo oposição ao governo, mas somente poderá utilizá-los se
tiver autorização legislativa para tanto. E isso ocorre através de abertura de
créditos especiais.
Isso
porque é assim que está previsto na lei de contabilidade pública, lei nº
4.320/64, razão pela qual aconselhamos ao cidadão que publicou a nota, uma
leitura, ainda que superficial, para que tenha uma pequena noção das regras de orçamento,
despesa e receita públicas.
Nenhuma
camada de asfalto ainda foi colocada nas ruas do município e nem poderia, pelo
simples fato de que os recursos ainda não foram repassados para o município. Após
o ingresso dos recursos deverá ser realizada licitação para seleção da empresa.
Após
será firmado o contrato com a empresa e, somente então, as obras poderão ser
iniciadas. Essa é a forma legal de realização da obra objeto da emenda.
O
denunciante demonstra claramente não conhecer a ordem cronológica dos atos a
serem realizados pela Administração, razão pela qual resumimos: Primeiro, se
solicita a autorização legislativa para abertura de crédito especial; segundo
solicita-se à emenda parlamentar que, após publicada, aguarda-se o ingresso dos
recursos na conta do município. Após essa etapa, realiza-se procedimento
licitatório para selecionar a empresa que irá realizar a obra; depois de
homologado o certame, contrata-se a empresa e , somente a partir de então, a
obra poderá ser iniciada.
Se
ainda persistir qualquer dificuldade de compreensão, sugerimos a verificação do
desenho das etapas aqui descritas.
2.
CRÉDITOS ESPECIAIS PARA DESAPROPRIAÇÕES.
A
abertura de crédito especial solicitado pela Administração para desapropriação
de imóveis é justamente porque o gestor atual cumpre a lei e procura honrar os
débitos do município.
Jamais
deixará um pagamento devido sem ser realizado. Sob esse aspecto, não pode a
Administração pública desapropriar e não pagar o preço.
Na
situação em tela, a Administração necessita de locais na sede para expansão de
secretarias, implantação de loteamentos de interesse social para pessoas
carentes e abertura de novas ruas e vias de acesso. Nesse ponto, sendo
necessária a desapropriação de alguns imóveis, o município não somente precisa
pagar, mas precisa pagar com autorização legislativa para utilizar recursos
para esse pagamento. Daí a necessidade de abertura de crédito especial. Não
havendo o crédito, os proprietários das áreas expropriadas não teriam como
receber as indenizações, política essa que não se amolda a atual administração.
3. CONSTRUÇÃO DE CRECHES
O
fato que agora narramos, se mostra como um dos maiores absurdos cometidos na
gestão anterior, a merecer mais atenção daqueles que se apresentam como
cidadãos preocupados com os gastos municipais.
O
prefeito Tarciso recebeu do governo federal em 2011 repasses de mais de R$
600.000,00 (seiscentos mil reais) para a construção de creche, assim como
tantos outros municípios em situações tais.
A
obra foi licitada, contratada, mas não foi executada na sua inteireza. Deixou
como herança da gestão anterior uma obra inacabada, construída em local
inadequado e sem possibilidade de qualquer utilização por aqueles que seriam os
beneficiários da obra.
Como
não conseguiu – não se sabe o porquê – terminar a obra na sua gestão, mesmo com
os recursos integrais na conta especifica, o gestor anterior, para que a obra
não fosse concluída pela atual administração, cancelou a dotação orçamentária,
impedindo assim a empresa contratada de receber pelos serviços já executados e,
por conseguinte, finalizar a obra, prejudicando assim, não somente o fornecedor
do serviço, mas, sobretudo, a comunidade carente, que tanto necessitava da
creche.
Foi
necessário então que a atual gestão, em vista da dotação cancelada no exercício
anterior, solicitasse da Câmara de Vereadores a abertura de crédito especial
para honrar a obrigação do município de pagar o fornecedor do serviço já
comprovadamente executado.
4. LABORATÓRIO MUNICIPAL
O
posto de saúde foi literalmente destruído na gestão anterior, o que ensejou
inclusive denúncia ao Ministério Público, com fotos e relatório de vistoria das
condições em que a atual administração recebeu o laboratório. Não havia
qualquer condição de utilização, assim como o posto de saúde e hospital
municipal.
Em
razão disso e sendo o laboratório de fundamental importância para a saúde do
município, a atual gestão projetou a construção de novo laboratório de análises
clínicas para atendimento à comunidade, razão pela qual, para construí-lo,
precisou – conforme determina a lei – de solicitar da Câmara a abertura de
crédito especial para fazer frente às despesas de construção do laboratório,
que está sendo construído, inclusive, com recursos próprios.
Não
seria razoável que os vereadores, mesmo da oposição, não aprovassem tal
propositura, pois, seria o mesmo que negar atendimento à comunidade que eles
representam.
5. QUIÓSQUE DO PARQUE RAMALHO
SAMPAIO
O
quiosque foi literalmente destruído, inclusive esteva sendo utilizado como
residência de aliados políticos do gestor anterior; como não existia dotação
orçamentária para o referido bem público, não restou a este gestor outra
alternativa que não fosse solicitar a abertura de crédito especial para se
viabilizar o bem publico.
6. CENTRO COMUNITÁRIO PEDRO BORGES
SAMPAIO
Espaço
alternativo para realização de Eventos, foi totalmente destruído sendo
utilizado inclusive como frigorífico e salgadeira por elementos da corrente
política do ex - gestor e aliado do mentor intelectual deste blog que por
coincidência deixou também rastro de destruição e irresponsabilidade no trato
com a coisa pública, como pode ver, tudo isto, fruto da irresponsabilidade de
quem não teve coragem suficiente para colocar freio na ganância de seus
aliados.
Para
que volte a ter condições de utilização, foi necessária a abertura de crédito
especial para reforma do Centro Comunitário.
7. ABERTURA DE RUAS E LOTEAMENTO
Como
pode o município desenvolver-se e elevar a auto - estima de sua população se
não houver a abertura de ruas planejadas e loteamentos?
8. CONSÓRCIO INTERNACIONAL
A
participação do município no Consórcio Público com os municípios pertencentes a
Região da Chapada Diamantina, objetiva o atendimento do desenvolvimento, no
âmbito regional aprovado pelo consórcio, com significativa redução dos custos
dos serviços públicos e melhorias no atendimento dos contribuintes.
No
orçamento de 2013 não foi prevista a modalidade de despesa com transferência de
recursos a Consórcios Públicos, fazendo-se necessária a abertura de crédito
especial.
São
estes os esclarecimentos que prestamos em face da nota publicada no blog.
A
fiscalização e acompanhamento pelo cidadão da correta aplicação dos recursos
públicos e do desempenho dos governantes e legisladores, é fundamental para a
democracia e para o bem comum, e dá legitimidade aqueles que puxaram para si a
responsabilidade de gerir a coisa pública.
Mas
é preciso ter cautela para não se cometer injustiças, pois, as palavras (
faladas e escritas) têm uma força inimaginável, e por isso é preciso conhecer
antes de opinar, é preciso se informar antes de julgar, para que o exercício da
democracia não se transforme em veículo de manipulação de cidadãos honestos e
honrados por aqueles que objetivam, de forma medíocre, atingir fins políticos
desvirtuados do interesse coletivo.
Fernão
Dias de Ramalho Sampaio
Prefeito
Municipal.
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